domingo, 11 de outubro de 2009

Sobre tudo que não falei...


São tantos os planos dos dias, são tantas as mágoas da vida. Só sei que o que faz parte do passado, de certa forma, não me pertence quando o verbo deve ser conjugado no presente, então eu abro mão do que eu escrevi no momento em que era, por horas, mais novo e, por dias, mais vivo.

Quero viver o presente de agora e o do minuto seguinte, onde sempre existiu o acaso para fazer parte do que sou.
O acaso é o obstáculo que há entre o seu corpo e o meu, entre a sua alma e a minha.
Culpo-o por eu ter sumido da sua vida. Culpo-o por eu não ter te encontrado nas ruas pelas quais vagamos no mesmo minuto do sol do mesmo dia, por não ter acertado seu corpo anestésico entre as portas pelas quais passamos na solidão do mesmo momento.
O acaso me sequestrou. Estive ausente, estive distante, sumi, mas não desisti de te possuir.

Você me fez sonhar enquanto só existiam pesadelos habitando meu travesseiro. Você me fez viver e encontrar o caminho para o amor, que eu pensei ter assassinado dentro de meu peito.

Sou eu, novamente, por ter encontrado sua ternura no acaso de um dia antigo e se um dia o tal me contemplou com o conhecimento de sua existência, hoje ele me leva para rua oposta a qual sua sombra entra.

Não pense que eu desisti de tamanho sentimento.
Você, ainda, vai estar envolta pelos meus braços, nem que seja por um mísero dia de minha vida e toda a eternidade da memória, mas eu não posso morrer sem proferir que sua vivência foi minha, mesmo que por segundos.

Saber da sua existência perturbou a minha...


A! (de Alucinógeno!)

3 comentários:

  1. Nossa Ale, não sabia que voce escrevia. e muito bem por sinal. achei esse texto lindo e diz muito sobre minhas histórias! parabéns =)


    beeeijos querido

    ResponderExcluir
  2. meo, eu me lembro quando você passou esse texto pra mim no msn, me perguntando se estava bom. tipo assim, eu quase chorei. você é FODA alêzão :3

    ResponderExcluir