quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Sobre o tudo e nada mais...


É só saudade, aquele frio invisível que se faz no deserto do seu não estar, que não acomete os termômetros e que, às vezes, imagino tocar.

É só saudade, mas talvez seja amor em doses homeopáticas, certeza e noventa por cento daquela felicidade que nos preenche ao conhecer o real significado do verbo "to be".

Devo confessar...

Não sei mais conjugar verbo algum na primeira pessoa do singular. Não sei e nem quero mais me olhar refletido em alguma superfície e não enxergar a tua silhueta, como n’um quebra-cabeça, completando a minha. Deveria doer, principalmente pr’um sujeito egoísta e que sempre gostou daquele lance meio “carente profissional”, meio James Dean, que, n’uma matemática simbiótica contraditória, sou.

Pois digo...

Deveria e dói, mas no fundo a vida é mesmo isso. A dor de um parto celebra a nossa chegada e alguma dor qualquer, grande ou intacta em nós, nos toca antes de nos levar.

Sabe... É só saudade, certeza, amor em doses homeopáticas, minhas enormes dúvidas, manias e contradições, e você, com seu jeitinho bonito e inocente de acreditar e insistir que a vida é realmente bela. Mas e aí, se tudo é questão de ângulo e estado de espírito, quem ousaria dizer que não?

Talvez seja só saudade, mas, com toda certeza, é um pouco de saudade e noventa por cento daquela felicidade que, se fosse sólida, preencheria cada célula formadora do meu corpo com tuas mensagens subliminares.

É saudade, certeza, teu ser no meu estar. Bem assim... Dois em um, você e eu, um amor céu e inferno: entre nós há vida, nada mais, nada menos.




A!